Novo 'software' avalia riscos de problemas cardiovasculares
Estudo da Universidade de Granada publicado «Journal of Evaluation in Clinical Practice»
Investigadores da Universidade de Granada, Espanha, desenvolveram uma ferramenta de software que faz uma estimativa precisa do risco que uma pessoa ou determinado grupo populacional têm de sofrer de doenças cardíacas. Os investigadores incluíram no seu estudo uma amostra de três mil pacientes.
Os profissionais da saúde admitem que compreender o risco deste tipo de doenças tendo em conta diversas situações é o factor-chave para a prevenção e ajuda a reduzir os gastos na saúde a curto e a longo prazo.
De acordo com os investigadores, durante a última década, a prevenção das doenças cardiovasculares evoluiu de intervenções isoladas aplicadas a factores de risco modificáveis para um modelo integrado de intervenções estratégicas baseado na quantificação e estratificação dos riscos pré-existentes.
O que permitiu essa mudança de estratégia foi a crescente disponibilidade de ferramentas para a quantificação e estratificação dos riscos. Essas ferramentas avaliam um conjunto de características individuais, os chamados factores de risco. Este foi o âmbito do estudo conduzido pela Universidade de Granada e recentemente publicado no «Journal of Evaluation in Clinical Practice».
O que permitiu essa mudança de estratégia foi a crescente disponibilidade de ferramentas para a quantificação e estratificação dos riscos. Essas ferramentas avaliam um conjunto de características individuais, os chamados factores de risco. Este foi o âmbito do estudo conduzido pela Universidade de Granada e recentemente publicado no «Journal of Evaluation in Clinical Practice».
No campo dos estudos epidemológicos na prevenção de problemas cardiovasculares, os Estados Unidos desenvolveram nos últimos anos um conjunto de modelos matemáticos. O seu propósito era fornecer uma estimativa da probabilidade de sofrer de um episódio cardíaco num curto prazo (entre cinco e dez anos), avaliando a exposição a factores de risco. Os investigadores da Universidade de Granada utilizaram este modelo no seu estudo.
Fizeram, assim, um estudo comparativo de diferentes equações aplicadas a um grupo de pacientes “em risco”, encaminhados para o serviço de Endocrinologia de um centro de cuidados primários em Granada. Os factores eram obesidade, tensão arterial alta, diabetes e alterações no perfil lipídico.
Clonada primeira cabra para produção de lã de alta qualidade
O animal clonado e baptizado de Noori nasceu saudável e com 1,3 quilos
2012-03-19
O animal clonado e baptizado de Noori nasceu saudável e com 1,3 quilos, no dia 9 de Março em Kashmir, na Índia. De acordo com um comunicado, o embrião foi implantado e desenvolveu-se no útero de uma outra fêmea, que funcionou como uma "mãe de aluguer". A técnica levou dois anos até ter sucesso.
Entretanto, a Noori já ganhou o peso e conta com cinco quilos. O animal já está reunido com mais de duas dúzias de outras cabras pashminas, no laboratório de Alastaingh, com o objectivo de produzirem lã de alta qualidade.
A clonagem foi recebida como boa notícia em zonas de grande altitude, como em Ladakh (a região mais fria do estado), onde se encontram estes animais para produção de fibras de boa qualidade. Agora, com a Noori espera-se que a lã pashmina possa ser produzida em zonas mais baixas, como o vale de Kashmir, com a qualidade pretendida.
Famosa pela lã, a Capra hircus é encontrada na natureza na região dos Himalaias.
A clonagem foi recebida como boa notícia em zonas de grande altitude, como em Ladakh (a região mais fria do estado), onde se encontram estes animais para produção de fibras de boa qualidade. Agora, com a Noori espera-se que a lã pashmina possa ser produzida em zonas mais baixas, como o vale de Kashmir, com a qualidade pretendida.
Famosa pela lã, a Capra hircus é encontrada na natureza na região dos Himalaias.
Estudo: Peixe adapta-se a águas marinhas mais quentes
Alguns peixes tropicais poderiam adaptar-se rapidamente a viver em águas mais quentes, revela um novo estudo australiano, que descobriu que os animais têm uma capacidade maior de sobreviver a temperaturas marinhas mais altas do que se pensava anteriormente.
Cientistas do Centro de Estudos de Corais da Universidade James Cook, em Townsville, Austrália, descobriram peixes que se ajustaram, ao longo das gerações, a um habitat mais quente concebido para reflectir elevações nas temperaturas do mar atribuídas ao aquecimento global.
A cientista Jennifer Donelson explicou que quando um peixe-donzela fica exposto a temperaturas da água entre 1,5º e 3ºC acima dos níveis actuais, observa-se um declínio marcante da sua capacidade aeróbica, afectando a sua habilidade de nadar mais rápido.
«A primeira geração realmente esforçou-se para enfrentar os aumentos de temperatura», afirmou Donelson.
«Mas com duas gerações mantidas nestas temperaturas, vimos que a capacidade aeróbica melhorou», acrescentou.
Donelson, que está a concluir o seu doutoramento na Universidade James Cook, disse que a pesquisa demonstrou que algumas espécies podem ajustar-se mais rapidamente às mudanças climáticas, uma vez que o peixe-donzela atinge a maturidade em dois anos.
«A surpresa realmente foi quão rápido isto aconteceu, que tenha levado apenas duas gerações. Penso que todos acham que as espécies serão capazes de se adaptar, mas quanto isto vai demorar era algo desconhecido», afirmou.
O estudo foi projectado para observar como os peixes enfrentariam temperaturas marinhas mais elevadas, esperadas para ocorrer em 2050 e 2100. Os cientistas usaram temperaturas oceânicas tropicais prováveis baseadas em tendências actuais de emissões antropogénicas de dióxido de carbono.
Mas alertam que as descobertas aplicam-se a uma única espécie de peixe de recife de coral e não responde à questão mais complexa da sobrevivência do habitat coralino em si ou ao impacto das mudanças climáticas na cadeia alimentar marinha.
Diário Digital
07.12.2011
Alguns peixes tropicais poderiam adaptar-se rapidamente a viver em águas mais quentes, revela um novo estudo australiano, que descobriu que os animais têm uma capacidade maior de sobreviver a temperaturas marinhas mais altas do que se pensava anteriormente.
Cientistas do Centro de Estudos de Corais da Universidade James Cook, em Townsville, Austrália, descobriram peixes que se ajustaram, ao longo das gerações, a um habitat mais quente concebido para reflectir elevações nas temperaturas do mar atribuídas ao aquecimento global.
A cientista Jennifer Donelson explicou que quando um peixe-donzela fica exposto a temperaturas da água entre 1,5º e 3ºC acima dos níveis actuais, observa-se um declínio marcante da sua capacidade aeróbica, afectando a sua habilidade de nadar mais rápido.
«A primeira geração realmente esforçou-se para enfrentar os aumentos de temperatura», afirmou Donelson.
«Mas com duas gerações mantidas nestas temperaturas, vimos que a capacidade aeróbica melhorou», acrescentou.
Donelson, que está a concluir o seu doutoramento na Universidade James Cook, disse que a pesquisa demonstrou que algumas espécies podem ajustar-se mais rapidamente às mudanças climáticas, uma vez que o peixe-donzela atinge a maturidade em dois anos.
«A surpresa realmente foi quão rápido isto aconteceu, que tenha levado apenas duas gerações. Penso que todos acham que as espécies serão capazes de se adaptar, mas quanto isto vai demorar era algo desconhecido», afirmou.
O estudo foi projectado para observar como os peixes enfrentariam temperaturas marinhas mais elevadas, esperadas para ocorrer em 2050 e 2100. Os cientistas usaram temperaturas oceânicas tropicais prováveis baseadas em tendências actuais de emissões antropogénicas de dióxido de carbono.
Mas alertam que as descobertas aplicam-se a uma única espécie de peixe de recife de coral e não responde à questão mais complexa da sobrevivência do habitat coralino em si ou ao impacto das mudanças climáticas na cadeia alimentar marinha.
Diário Digital
07.12.2011
Gene determina quantas horas de sono cada pessoa precisa
Muitas pessoas conseguem passar bem o dia com poucas horas de sono, enquanto outras se sentem imprestáveis. De acordo com um novo estudo publicado no Molecular Psychiatry, o motivo desse mal-estar é a variação num gente chamado ABCC9.
Segundo os cientistas envolvidos, as pessoas que apresentam essa variação precisam de, pelo menos, 30 minutos a mais de descanso do que os que não têm.
Cientistas da Universidade de Edinburgh trabalharam junto com os da Ludwig Maximilians University Munich e analisaram os genes de moscas drosófilas e de 10 mil pessoas que participaram do estudo e responderam a questionários relacionados com o sono.
As moscas que não tinham a variação do gene «dormiam» três horas menos do que o normal, enquanto os humanos dormiam mais do que a média comum e indicada pelos médicos, que é de oito horas de sono por noite.
O sono foi medido em «dias livres», isto é: nenhuma das pessoas precisava de trabalhar no dia seguinte ou estava a tomar qualquer tipo de medicação para o sono.
De acordo com Jim Wilson, autor do estudo, como o sono tem um papel fundamental para a saúde, a descoberta de genes envolvidos é importante para a cura de doenças.
Diário Digital
05.12.2011
Muitas pessoas conseguem passar bem o dia com poucas horas de sono, enquanto outras se sentem imprestáveis. De acordo com um novo estudo publicado no Molecular Psychiatry, o motivo desse mal-estar é a variação num gente chamado ABCC9.
Segundo os cientistas envolvidos, as pessoas que apresentam essa variação precisam de, pelo menos, 30 minutos a mais de descanso do que os que não têm.
Cientistas da Universidade de Edinburgh trabalharam junto com os da Ludwig Maximilians University Munich e analisaram os genes de moscas drosófilas e de 10 mil pessoas que participaram do estudo e responderam a questionários relacionados com o sono.
As moscas que não tinham a variação do gene «dormiam» três horas menos do que o normal, enquanto os humanos dormiam mais do que a média comum e indicada pelos médicos, que é de oito horas de sono por noite.
O sono foi medido em «dias livres», isto é: nenhuma das pessoas precisava de trabalhar no dia seguinte ou estava a tomar qualquer tipo de medicação para o sono.
De acordo com Jim Wilson, autor do estudo, como o sono tem um papel fundamental para a saúde, a descoberta de genes envolvidos é importante para a cura de doenças.
Diário Digital
05.12.2011
Cientistas querem determinar a célula mais veloz de todas
Cientistas realizaram o que pode ser denominada a primeira «corrida celular» do mundo para determinar as células mais velozes do tecido humano.
Uma «pista» especial, feita de placas de vidro com espaços microscópicos por onde as células se movimentavam, foi encomendada junto ao laboratório francês Cytoo e enviada para laboratórios em diversos países do mundo, que por sua vez se encarregaram de realizar as «provas».
O resultado, segundo os cientistas, pode ajudar a entender a migração de células durante processos importantes, como o desenvolvimento embrionário e a metástase de um cancro.
A experiência mostrou que as mais velozes são as células-mãe, em estado primitivo, e as células cancerígenas.
Um dos organizadores da «competição», o especialista em física do citoesqueleto Manuel Théry, disse à BBC que a ideia surgiu como uma resposta à crescente necessidade de observar os mecanismos de deslocamento celular dentro dos organismos.
«Era muito difícil compilar todas as informações sobre a dinâmica da migração celular de todos os campos de pesquisa», disse Théry.
Por isso, explicou o cientista, a ideia de submeter as células às mesmas condições e anotar as diferenças.
As conclusões da experiência foram apresentadas no congresso anual da ASCB (sigla em inglês de Sociedade Americana de Biologia Celular), que ocorre em Denver, Colorado, com a participação de mais de 7.000 especialistas do mundo.
As «pistas» por onde as células corriam mediam entre 4 e 12 micrómetros de largura por 400 micrómetros de comprimento -- um micrómetro corresponde à milésima parte de um milímetro.
Estas pistas foram enviadas a seis laboratórios em França, Alemanha, Reino Unido, Singapura e nos Estados Unidos (duas instituições), que realizaram as experiências.
Durante 24 horas, os cientistas registaram a velocidade de centenas de células e fizeram gravações em vídeo.
A mais veloz foi uma célula-mãe extraída da medula óssea de um feto pela especialista Yuchun Liu, de Singapura. O tempo registado foi de 5,2 micrómetros por segundo.
Théry salientou que, no universo celular, essa é uma velocidade bastante rápida. A segunda célula mais veloz atingiu 3,2 micrómetros por segundo.
O especialista Simon Atkinson, do Departamento de Biologia da Universidade de Indiana, ressaltou o facto de as células mais rápidas na experiência serem as células-mãe (em estado primitivo) e as células cancerígenas.
As células jovens ou mãe estão programadas para migrar durante o seu estado embrionário para diferentes partes de um organismo, onde se converterão em células especializadas segundo a função a ser desempenhada naquela parte do corpo.
Num indivíduo adulto, no qual as células já estão formadas e têm funções específicas, há mecanismos para conter esse deslocamento.
«Quando as células se tornam cancerígenas, ou altamente perigosas, tendem a sofrer uma espécie de regressão que volta a activar o programa que as fazia migrar durante o seu estado de desenvolvimento», afirmou Atkinson.
Essa migração é a metástase do cancro, quando a doença que nasceu num tecido ou região do corpo humano se manifesta noutro.
O biólogo acredita que a «corrida de células» pode ajudar os cientistas a entender a complexidade do cancro e assim abrir as portas para a descoberta de novas formas de tratamento.
«Cada tipo de cancro é diferente, cada paciente reage de forma diferente e o mesmo cancro em pessoas diferentes tem diferentes comportamentos», afirmou. «Essa corrida pode mostrar-nos o caminho de terapias específicas para cada caso de cancro.»
Diário Digital
06.12.2011
Cientistas sequenciam ADN de mulher que viveu até aos 115
Cientistas holandeses fizeram a sequenciação completa do ADN de uma mulher que viveu até aos 115 anos de idade.
Tida como a mais idosa do mundo na época da sua morte, a mulher possuía a agilidade mental de uma pessoa décadas mais jovem e nenhum sinal de demência.
O trabalho, divulgado durante uma conferência da American Society of Human Genetics em Montreal, no Canadá, sugere que a mulher tinha genes que a protegiam contra a demência e outras doenças associadas à velhice.
Os especialistas esperam que mais investigações como essa possam, no futuro, esclarecer as associações entre variações genéticas, saúde e longevidade.
O primeiro esboço do código genético de um ser humano foi feito há mais de dez anos.
Desde então, com a melhoria das técnicas de «leitura» do ADN, algumas centenas de indivíduos tiveram os seus genes mapeados. A mulher, cuja identidade está sendo mantida em segredo, conhecida apenas como W115, é a mais idosa a ter seus genes mapeados.
Ela doou o seu corpo para pesquisas médicas, permitindo que cientistas estudassem o seu cérebro e outros órgãos, assim como o seu código genético completo.
A líder do estudo, Henne Holstege, do Departamento de Genética Clínica do VU University Medical Center em Amesterdão, disse que W115 parece possuir algumas variações genéticas raras no seu ADN.
Não está claro que papel essas variações teriam cumprido, mas a equipa suspeita de que os genes da mulher protegeram-na contra a demência e outras doenças.
«Sabemos que ela é especial, sabemos que o seu cérebro não tinha qualquer sinal de Alzheimer», disse Holstege à BBC.
«Talvez houvesse algo no seu corpo que a protegesse contra a demência».
«Achamos que existem genes que talvez assegurem uma longa vida e protejam contra a doença de Alzheimer».
W115 nasceu prematura e não era esperado que sobrevivesse. Mas viveu uma vida longa e saudável, sendo levada para um asilo para idosos aos 105 anos.
Ela morreu por causa de um tumor no estômago, tendo recebido tratamento para cancro de mama aos 100 anos.
Aos 113 anos, testes à sua capacidade mental revelaram o desempenho de uma mulher com idade entre 60 e 75 anos.
Exames feitos após a sua morte não conseguiram identificar qualquer sinal de demência ou endurecimento de artérias associado a doenças do coração.
Para o progresso da ciência, a equipa está a disponibilizar a sequência do ADN de W115 a outros cientistas.
Diário nDigital
17.10.2011
Células estaminais do coração podem prevenir malformações
O investigador João Ferreira-Martins, da Faculdade de Medicina do Porto, descobriu que as células estaminais que se encontram no coração podem servir para prevenir malformações deste órgão durante o crescimento e tratar pacientes com insuficiência cardíaca.
O trabalho, a que a Lusa teve hoje acesso, explorou duas questões: qual a origem embrionária das células estaminais cardíacas e que mecanismos regulam a sua ativação durante o desenvolvimento embrionário.
Os resultados da investigação demonstraram que «estas células são 'criadas' dentro do coração e possuem as propriedades fundamentais das células estaminais, que as tornam tão promissoras, como a capacidade de se auto-renovarem e de se 'transformarem' em diferentes tipos de tecido cardíaco».
Diário Digital / Lusa
04.10.2011